Estranha raiva range com o vento...
Arreganha os dentes, cão de agosto!
Imprecação vã para um réu sem rosto.
Revoltos os céus, trovejam elementos.
Soltos os cachorros, fúria vai sem freio.
Depois passada a procela cai na poesia.
Cinza sai da tela, o duro cenho esvazia.
Rancor suspira, apaziguados os anseios.
Pombas da paz as rimas ensaiam adejos,
nesse novo firmamento, face da bonança.
E a passo lento toda exaltação descansa
pousada nos versos, sorri e manda beijos.
Rosemarie Schossig Torres
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