Numa esquina da noite,
das estrelas ausentes,
uma alma se encolhe
em pensamentos tristes,
que um vil vento vadio...
varre por debaixo da porta.
O negrume da madrugada
amola o gume da solidão
e um pobre coração silente
quer deixar esse mundo...
Ir aonde não haja sofrimento.
Mas a hora noturna se esgota!
Os fantasmas desaparecem.
A ventania em brisa demudada
não mais dissemina agonias.
O cais é do sol e a vida segue.
Rosemarie Schossig Torres
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