sexta-feira, 20 de julho de 2012

Pequeno Poema Campestre




Meio dia, um sol trepado no umbigo do céu... Ah!
É hora de lagartear, quando vagam pensamentos.
A viração agita seus ramos num suave movimento.
Crepitam as folhas de um outono que aqui não há...

Então pergunto ao Vento: o que tu trazes para mim?
Zéfiro responde num vaivém que faz rir a vegetação.
Depois lépido se esconde nas nuvens de algodão,
tão brancas que aparecem ...almofadas de alfenim...

São imaginações paridas na primeira brisa da tarde.
O coração acha guarida,levita junto, onírico, bucólico.
 Astro rei revigora meus sonhos já tão melancólicos.
A alma se espreguiça;  seus anseios desencardem.

Bem antes que esse dia levante  seu acampamento.
E a noite elegante venha turvar nossa esfera celeste
deixarei orvalhando meu pequeno poema campestre.
Amanhã virei abraçar o tema, que dormiu ao relento.

Rosemarie Schossig Torres

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