Vento fez respingos azuis no prado.
Sobre tela verde
uns pigmentos de anil,
que borda, caprichosa,
a brisa de abril.
O sol
hipnotiza, doura os tons azulados.
Cravos
rubros, rosas louras? Que nada!
Olho; só
descubro plantas campestres.
Margaridas
elegantes; flores silvestres.
Pétalas
brancas e violetas abraçadas...
... Paleta ilusória...
Finge mesclar tintas,
que os raios
do astro rei tingem no chão.
Imitam
lápis-lazúli as corolas iluminadas,
qual bandeirolas
agitadas pela viração...
Parece tirado
da cartola de um ilusionista
esse quadro;
feito lebre, salta aos olhos...
Ao prado
multicor, não há quem resista.
Visão
gravada na mente; virou monopólio.
Rosemarie
Schossig Torres
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