Ah! Vida tão sem nexo; é baú de contradições.
Homens perplexos; ilhas de paz entre furacões.
Realidade com um olho que ri e outro que chora,
deixa na alma tristezas; jasmins do lado de fora.
Mas após o vendaval vem o sopro de esperança,
como depois da tempestade segue uma bonança.
E o nauta já se ergue; pode controlar o seu navio.
Aquele ciclone que então roncava agora fala macio.
Nessa vil ventania voo entre sucessos e fracassos,
vou ao avesso do que se perdeu, destoo ; me refaço.
No meio dessas intempéries, a fé, já quase sem cor,
entre os malogros em série, incrível, planta sua flor.
Rosemarie Schossig Torres
Nenhum comentário:
Postar um comentário