Eu abro as janelas para os sonhos...
Porém apenas intempéries recebo.
Pequenas alegrias que mal percebo.
E só elegias, réquiens componho...
Ao amanhecer um lindo dia proponho.
Mas vai se despedindo o carro de Febo
e vejo que a esperança é mero placebo.
Ao fim avança meu cotidiano tristonho.
Às vezes vislumbro utopias no horizonte,
girassóis, louras alegrias pulando muros,
que olho na distância e atrás os montes.
É doce a fragrância desse ansiado futuro.
Ainda quero crer que tem uma ponte...
entre o que me cabe e esses dias escuros.
Rosemarie Schossig Torres
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