É muita formiga pra pouco açúcar!
Trabalho demais; prazer de menos.
Fardo-folha nas costas a machucar
e um penar que nunca é pequeno.
E correm, lidam, carregam sem parar.
Criaturas em seus trabalhos braçais.
No batente estão sempre a matutar.
Querem destacar-se entre as demais.
Acotovelam-se por um lugar ao sol.
Anseiam vida boa, cheia de frescuras.
E pintado no horizonte: novo arrebol.
Na mesa farta, milhões de gostosuras.
Mas não é nada assim, pelo contrário.
Elas seus sonhos pelo chão espalham
e vem o graúdo, ser cruel , salafrário
e pisa neles; as formigas só trabalham.
Rosemarie Schossig Torres
Trabalho demais; prazer de menos.
Fardo-folha nas costas a machucar
e um penar que nunca é pequeno.
E correm, lidam, carregam sem parar.
Criaturas em seus trabalhos braçais.
No batente estão sempre a matutar.
Querem destacar-se entre as demais.
Acotovelam-se por um lugar ao sol.
Anseiam vida boa, cheia de frescuras.
E pintado no horizonte: novo arrebol.
Na mesa farta, milhões de gostosuras.
Mas não é nada assim, pelo contrário.
Elas seus sonhos pelo chão espalham
e vem o graúdo, ser cruel , salafrário
e pisa neles; as formigas só trabalham.
Rosemarie Schossig Torres
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