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Teimosa chuva. Por que não paras?
O sangue coagula. Oxidadas veias.
E o meu pobre coração mofado,
bate fora do tom. Descompassado.
Todo o alento sucumbe às cheias.
Inspiração afogada; me desamparas.
O dilúvio cresce, choram as vidraças.
O céu se cobre com uma capa gris.
Gota a gota as idéias são levadas.
Perdem-se no ímpeto das enxurradas.
Então, o meu verso emerge infeliz.
Asas molhadas; passarinho sem graça.
Palavras ensopadas; sem paradeiro,
escorem pelos dedos. Tormento.
Nada do que escrevo permanece.
A musa em umidade se desvanece.
Então pergunto ao firmamento:
Porque não pára este aguaceiro?
Rosemarie Schossig Torres
Olá, Rosemarie. Vim conhecer teu lindo espaço. Gosto muito do que escreves.
ResponderExcluirAbraço.
PAZ e LUZ
Obrigada pelo carinho da visita Helenice. Tua opinião é muito importante prá mim. Venha sempre que quiser. Um abraço fraterno.
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