O fermento da fantasia,
que faz crescer as estrofes.
Um par de asas,
para os vôos da imaginação.
Uma lágrima de melancolia,
que no verbo busca seu ombro.
A voz da chuva...
Para cantar as rimas.
O carro da filosofia,
que conduz a idéia.
Uma mão de tinta do arco-íris,
para pintar as metáforas.
Uma gota de inspiração,
vitamina para escrever.
O sorriso de uma criança...
Porque estão parindo um verso.
O baú de um venerável ancião.
Biblioteca que cimenta a arte.
A fotografia de um momento,
que no poema se revela.
O sopro de uma vida,
para oxigenar as palavras.
Um beijo de amor...
Tônico para o coração do poema.
Um lenço molhado de adeus,
para a tinta da emoção não secar.
O olho aberto da insônia...
Porque a noite é boa para escrever.
E ao poeta cabe:
Colorir a face lívida
de uma página em branco.
Rosemarie Schossig Torres
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