A chuva revela flores impensadas...
Cores sepultadas pela poeira do estio.
Grãos renascidos da última queimada,
trazidos de longe por um vento vadio...
Um cheiro macio de terra molhada no ar
fecunda as narinas, instiga imaginações,
irriga amores primaveris que vão chegar.
Rebrota o tapete verde acolhendo botões.
Vão encolhendo as cinzas, saltam tons...
Desde o desvão da estiagem os renovos,
remoçada a roupagem exibem seus dons.
É a natureza imitando a Fênix de novo!
Rosemarie Schossig Torres
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