Há tesouros ocultos em terrenos baldios.
Tem pontos macios entre dois espinhos:
O espaço perfeito pra pés de passarinho.
Ao rés da intempérie uma seta de desvio.
Então muda-se a meta, troca-se de navio.
No mar do desgosto bordar um barquinho
e aportar nos braços de um novo caminho.
A um passo do desatino some o extravio...
Lá no centro do furacão uma brisa cálida...
Pra se abrigar enquanto passa o vendaval
e bolar com seus botões uma saída válida.
Pois entre os senões de tanto inferno astral
já bruxuleia esperança, vela verde e pálida,
luz acenando que o abismo termina, afinal...
RosemarieSchossig Torres
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