Os montes alvos em sonho desperto,
flamejam fulgores da Sirius; sideral
frenesi ; em cores de lírio; manancial
de pétalas;os alvores no real enxerto.
E a minha serra, hoje quase deserto,
suja de fumaça da queimada estival,
faço nevada, flora gélida, meio glacial.
O meu cerro fica de edelweiss corberto.
Pudera a visão criada em minha cabeça,
trazer os frescores, copiados da ilusão,
e sem devastação o cerrado reverdeça.
E de novo meu monte azul, abstração,
volte a ser verde, a caliandra refloresça.
Que o devaneio se perca na vegetação...
Rosemarie Schossig Torres
Nenhum comentário:
Postar um comentário