A minha poesia fala, diz pelos cotovelos.
Conversa comigo e cochicha até contigo,
leitor , pra quem tece idéias em novelos.
Ela tem o olho virado prá fora do umbigo.
Meu verso é tagarela; às vezes fala demais.
Por ter tanto a dizer , se enreda, complica.
Enchente de palavras; histórias torrenciais.
Fala que muito discorre, mas nada explica.
Às vezes despe a seriedade; quer brincar.
Menino levado que tem forma de poema;
inventa firulas verbais; rima para bagunçar.
Chama as letras para dançar com um tema.
Fofoqueiro é meu verso ; até confessional.
Derrama-se num papel; não guarda segredo.
À flor da pele, nas linhas deita o emocional.
Hiperativo, faz a poetisa acordar bem cedo.
Rosemarie Schossig Torres
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