No meio do caminho para o nada,
trilha de passarinhos e poetas...
Estrada de retratistas de sonhos
está uma árvore velha, ainda viva.
Negro tronco, fumo de queimadas,
e nos braços retorcidos, sem prumo...
Já não tem folhas, mas insiste em florir.
Em cada cálice seu dormita um poema.
Frágeis versos de seda que se agitam...
Ágeis feito flâmulas tremulando ao vento
acenam um convite a essa poeta errante,
que sai do seu exílio; impossível recusar!
Rosemarie Schossig Torres
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