Terra de ninguém, inferno de todos.
E o céu tão distante, entre brumas,
qual véu difuso, esperança esfuma.
E ficamos tateando às cegas no lodo.
A gente, entre esperança e engodo,
anela que ao fim, tanta aflição suma.
E sem mais dores, o peso em pluma
se torne ; venha a paz com denodo.
Olhando lado a lado, anseios iguais.
Resta a último recurso: dar as mãos,
trilhar juntos os caminhos desleais.
Vislumbrando no futuro promissão;
driblando abismos, tropeços fatais.
Venha o sonho iluminar a escuridão!
Rosemarie Schossig Torres
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