segunda-feira, 12 de julho de 2010

Verso Aventureiro

Com dita de verso aventureiro,
igual inaudita pérola peregrina,
o meu poema segue a sua sina.
Vai buscando rumo alvissareiro.

Qual um anjo pedestre; sem asas,
estro que foi um espelho d’água,
hoje não passa de poço de mágoa,
só refletindo escuras idéias rasas.

Da lua ganho apenas frio eclipse;
do sol herdei tórrido ofuscamento.
Palavras emudecem numa elipse.
Lapso que corta meu pensamento.

Espero que funcione famoso refrão:
‘’Nada como um dia atrás do outro’’
e ao virar o calendário, mude noutro
o destino que ora é só estagnação.

Rosemarie Schossig Torres

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