sábado, 11 de setembro de 2010

Flores De Trapo



Da teia dos dias cinzentos
tecia suas flores de trapo.
Ela nem via os farrapos,
que vida cosia ao relento.

Com olhos postos no céu
vivia. Seus pés na desolação
quase nem sentiam o chão.
Protegia alma com um véu.

Entre o delírio e o passional
balançava ; arame inseguro.
Mas sua fé cega, no futuro,
dava-lhe poder paranormal.

Rosemarie Schossig Torres

Nenhum comentário:

Postar um comentário