É sempre
arriscado, imaginar tão alto...
Para depois
ir esborrachar-me no chão,
desarme do
real,que rende minha ilusão.
Reino sem
sal; toma a alegria de assalto.
Sobressalto!A
vida se impõe por osmose.
Instala,
ávida, âncoras; dentes em riste...
Mordem a
face feliz do sonho, que desiste.
Restou só a
rotina em enfadonha overdose.
Mas, entre
réstias do marasmo de concreto,
planto o
talvez com mudinhas de quimeras.
O ato falho
se infiltra na tez, gestos da fera.
Já se filtra
no frio esgar um sorriso discreto...
Rosemarie
Schossig Torres
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