segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Entre As Réstias Do Marasmo



É sempre arriscado, imaginar tão alto...
Para depois ir esborrachar-me no chão,
desarme do real,que rende minha ilusão.
Reino sem sal; toma a alegria de assalto.

Sobressalto!A vida se impõe por osmose.
Instala, ávida, âncoras; dentes em riste...
Mordem a face feliz do sonho, que desiste.
Restou só a rotina em enfadonha overdose.

Mas, entre réstias do marasmo de concreto,
planto o talvez com mudinhas de quimeras.
O ato falho se infiltra na tez, gestos da fera.
Já se filtra no frio esgar um sorriso discreto...

Rosemarie Schossig Torres

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