O poeta
em sonho breve,
ao olhar
triste a lua,
em sua
face de neve
vê bela musa toda nua...
Suspira
evocações prateadas.
Em seus
olhos bóiam brumas.
Diva no
meio do céu
vestida
de luminescências;
envolta
em esgarçado véu;
nuvens de
gaze e transparências.
Transpira
aura diáfana a madrugada,
que a
musa convoca e logo ressuma.
Seu
coração, então vaga.
Vai
inventando amores...
E a
mente, junto, divaga.
Imagens
puras; sem cores.
Respira
devaneios em baforadas,
que a
noite sem estrelas perfuma...
E o bardo
lamenta a distância
de sua
musa clara, transparente.
Quisera
ser ele uma fragrância;
envolver
o corpo luminescente.
Lira de
transparências rimando; vem a alvorada.
O poeta
guarda a musa num véu que não esfuma...
Rosemarie
Schossig Torres
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