quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Flores Murchas Para Um Adeus



Ventos de agosto invadem setembro.
Cortam meu rosto; hirtos os membros.
Coração aflito; nem sinal de primavera.
A leal poesia em compasso de espera...

Na via que traço, sem ti, pobre de mim!
Há uma nuvem, desvia o sol do jardim.
Persigo o verão; mas o inverno insiste.
Melancolia é estação teimosa; persiste.

Queria ao menos o outono, um conforto.
Ninho de folhas secas...O último porto,
para o amor sem sazão, que se perdeu.
Restam flores murchas para um adeus.

Rosemarie Schossig Torres

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